Em 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina organizaram pela primeira vez o “Setembro Amarelo”, mês do combate ao suicídio, um tema muito relevante já que são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo, hoje afetando uma grande quantidade de jovens.

Segundo relatório do CDC (Center of Desease Control), órgão americano de controle e doenças, em agosto de 2020, ¼ dos jovens entre 18 e 24 anos considerou seriamente o suicídio nos últimos trinta dias e, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2019 houve 1 suicídio a cada 40 segundos, sendo a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Como uma das alterações que mais contribuem para esses dados estão a depressão, transtornos de ansiedade, esquizofrenia e distúrbios por uso de drogas lícitas e ilícitas. Sem dúvida, nesse cenário, a depressão é a mais relevante atingindo 30 milhões de pessoas no mundo, e no Brasil apresentando-se com a maior taxa de incidência da América Latina (5,8% da população, ou seja, quase 12 milhões de pessoas).

Nos últimos 16 anos, mortes advindas dos processos depressivos cresceram 705%!

Ademais, quando vivenciamos dois anos de pandemia, onde o incremento de doenças psíquicas é fato observado em todos os centros de saúde, devido as perdas de diversas vidas, problemas financeiros e o isolamento social, é emergencial que se faça algo!

Entre as várias formas de prevenção, o exercício físico se encontra com uma perspectiva possível e eficiente, pois tem potencial de promover a secreção de substâncias neuromoduladoras cerebrais que, além de proteger contra o envelhecimento cerebral, são capazes de modular as respostas emocionais.

Durante o movimento físico nosso corpo libera substâncias relacionadas ao bem estar que ajudam no controle do humor, ansiedade e insônia. Sem contar na melhora da auto estima!

Você sabia que jovens que praticam exercícios regulares relatam menor quantidade de episódios de tristeza? E que as pessoas sedentárias apresentam maior prevalência de quadros depressivos?

Populações que praticam exercícios regulares também utilizam com menor frequência medicamentos antidepressivos, isso porque, esses medicamentos, na grande maioria das vezes, são utilizados para permitir que os neurotransmissores permaneçam disponíveis por mais tempo nas sinapses nervosas fazendo suas ações de modulação do metabolismo.

A tristeza de longa data, a falta de vontade de fazer as coisas, a labilidade emocional, a dor crônica, podem reduzir a produção dos compostos do nosso sistema nervoso central, afetando não só o humor, mas a execução das nossas tarefas diárias e até mesmo dos processamentos cerebrais como a memória, a capacidade de concentração e o sono.

Algumas pessoas necessitarão de medicamentos que possam substituir a nossa produção endógena devido a momentos de agudização da depressão e ansiedade, contudo, em longo prazo, podem utilizar o exercício físico regular como remédio, já que atuará, também, em nosso cérebro reproduzindo efeitos semelhantes.

E o contrário também é verdadeiro: o aparecimento de sintomas depressivos é maior nas pessoas que têm menos tempo dedicado as atividades físicas (KRITZ-SILVERSTEIN et al., 2001). O sedentarismo é um fator relacionado positivamente com a depressão (BLAY et al., 2007), sugerindo um efeito protetor do exercício para o surgimento dessa doença.

Parece que a neurogênese no hipocampo adulto provocada pelo estímulo do movimento pode contribuir na manutenção de funções cognitivas (como a memória) e no tratamento de diversas doenças psiquiátricas como a depressão.

Você já pensou na hipótese de começar a se exercitar com frequência?

Para além do controle emocional, a mudança de estilo de vida desencadeada pela prática regular de exercícios físicos, impactará no metabolismo como um todo e ainda poderá contribuir para a redução do surgimento de outras doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão.

Portanto, pessoal, exercício físico deve fazer parte do tratamento da depressão, ansiedade e outros doenças neurológicas.

Sendo assim, o exercício regular é remédio!

Ele aumenta a produção de neurotransmissores e outros neuromoduladores como a serotonina que ajuda a regular o sono e o humor, as endorfinas que causam sensação de bem estar, euforia e aliviam as dores crônicas, dopamina que é analgésica e tranquilizante.

O exercício físico provoca no cérebro três ações: neurogênese, angiogênese e neuroplasticidade e, está comprovado que previne as doenças neurodegenerativas, auxilia na manutenção das funções cognitivas, melhora a qualidade de vida e das atividades da vida diária, melhora o humor e diminui episódios de ansiedade e depressão.

Ele ainda é capaz de aumentar a liberação e a síntese de diversos fatores neurotróficos/neuroprotetores relacionados à melhor função cognitiva, entre eles o “Fator neurotrófico derivado do cérebro” (Brain Derived Neurotrophic Factor, BDNF), “Fator de crescimento insulínico” (Insulin-like Grow Factor, IGF-1), e, “Fator de crescimento endotelial cerebral” (Vascular Endothelial Growth Factor, VEGF).

Tem ainda alguma dúvida da ação que o exercício pode te proporcionar? Se movimentar é preciso.

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