Com certeza você já deve ter ouvido falar a frase “Alto rendimento não é saúde” ou “Ser atleta não é qualidade de vida”.

Quando nós nos referimos à atletas, nós falamos daquelas pessoas que treinam com o objetivo focado na competição, no qual treina pensando em desempenhar o melhor do seu potencial e subir no lugar mais alto do pódio.

A verdade é que de fato, os atletas de alto rendimento possuem treinamentos mais árduos e extenuantes, mas será que esse é realmente um motivo para acharmos que os atletas não possuem uma boa qualidade de vida?

Antes de sabermos os motivos pelo qual essa crença foi enraizada, é ideal que nós entendamos sobre a rotina e a periodização de treinamento de um atleta de alto rendimento.

É ideal reforçarmos que cada esporte possui uma peculiaridade específica, no qual o atleta treina especificamente focado no aperfeiçoamento dessas peculiaridades. Essas características estão relacionadas às demandas físicas, fisiológicas, psicológicas, técnicas e táticas.

Para cada uma dessas características, é necessário um treinamento específico, ou seja, um treinamento focado no condicionamento físico, um treino para as características técnicas e um treinamento enfatizado nas características táticas. Isso faz com que a rotina de treinamento dos atletas, sejam árduas e duradouras, fazendo com que o atleta precise passar longos períodos de preparação até o dia da competição.

Porém, o que nos faz pensar que os atletas não possuem qualidade de vida? O que nos fez ter certeza que os atletas de alto rendimento sofreram ou sofrerão algum tipo de lesão durante a sua carreira atlética?

Normalmente, as pessoas treinam algum esporte com objetivos voltados para a qualidade de vida, ganhos estéticos, ou até mesmo o aperfeiçoamento do condicionamento físico. Mas como já foi dito, o atleta de alto rendimento treina com o objetivo totalmente focado na competição, pensa especificamente em subir no local mais alto do pódio. Isso, na maioria dos casos, faz com que o pensamento voltado para a prevenção seja esquecido, em alguns momentos.

Da mesma forma em que os esportes possuem necessidades energéticas específicas, no quais os atletas precisam treinar especificamente essas necessidades, os esportes também possuem peculiaridades lesivas que fazem com que os técnicos e atletas precisem se atentar com essas circunstâncias. Isso é referente à probabilidade de lesão que o esporte expõe o praticante, bem como a lesão de joelho para atletas de futebol e lesão de tornozelo para atletas de ginástica rítmica. Além disso, alguns esportes possuem mais probabilidades em machucar o atleta do que outros, porém, o planejamento de treino é a principal ferramenta que evitará esse tipo de condição.

Não é uma regra que o atleta dessas modalidades irá se machucar, mas ela exige que o olhar diante dessas lesões seja enfatizado. Por isso, TODO ATLETA DEVE REALIZAR TREINAMENTOS DE PREVENÇÃO E FORTALECIMENTO. O ponto é que na maioria dos casos, esse pequeno detalhe é esquecido, e só acaba sendo evidenciado quando a lesão acontece, e agora o treinamento passa a não ser mais de prevenção, e sim, de reabilitação.

Contudo, entendemos que os atletas de alto rendimento realmente possuem treinamentos árduos e extenuantes, porém, isso não é um fator determinante para o acontecimento da lesão. É ideal que a equipe de prescrição e manipulação de treinamento dos atletas, não só enfatize todas as características físicas e técnicas do esporte, mas também leve em consideração todas as probabilidades lesivas que o esporte provém.

Divulgue para todo mundo :D

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